Flora | Fauna | Total | |||||||
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Mamíferos | Aves | Anfíbios | Répteis | Peixes | Invertebrados | Outros | |||
Espécies Levantadas | 0 | 77 | 208 | 17 | 33 | 0 | 0 | 0 | 335 |
Espécies Novas | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Espécies Vulneráveis | 2 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 2 |
Espécies Endêmicas | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Espécies Ameaçadas | 0 | 7 | 2 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 9 |
Espécies Invasoras | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Espécies Raras | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Nome Científico | Nome Popular | Ordem | Família | Sub-Família |
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Anacardium humile | Cajuí | Sapindales | Anacardiaceae | -- |
Anadenanthera colubrina | Angico | Fabales | Fabaceae | -- |
Annona coriacea | Araticum, fruta-do-conde | Magnoliales | Annonaceae | -- |
Annona crassiflora | Araticum, marolo, Ata ou pinha | Magnoliales | Annonaceae | -- |
Aspidosperma macrocarpon | Peroba, Guatambu-do-cerrado | Gentianales | Apocynaceae | -- |
Aspidosperma pruinosum | canela-de-velho | Gentianales | Apocynaceae | -- |
Astronium fraxinifolium | Gonçalo Alves, Gonçaleiro | Sapindales | Anacardiaceae | -- |
Attalea eichleri | Babaçú | Arecales | Arecaceae (Palmae) | -- |
Attalea speciosa | babaçú | Arecales | Arecaceae (Palmae) | -- |
Bauhinia rufa | Pata-de-vaca | Fabales | Fabaceae | -- |
Byrsonima crassifolia | Murici | Malpighiales | Malpighiaceae | -- |
Caryocar brasiliense | Pequi | Malpighiales | Caryocaraceae | -- |
Cecropia pachystachya | Embaúba, Cecropia | Rosales | Urticaceae | -- |
Copaifera langsdorffii | Copaíba | Fabales | Fabaceae | -- |
Cordia trichotoma | Louro-branco | Lamiales | Boraginaceae | -- |
Dalbergia miscolobium | Jacarandá do cerrado, caviúna | Fabales | Fabaceae | -- |
Eugenia dysenterica | Cagaita | Myrtales | Myrtaceae | -- |
Galeandra styllomisantha | Orquídea | Asparagales | Orchidaceae | -- |
Hancornia speciosa | Mangaba, mangabeira | Gentianales | Apocynaceae | -- |
Himatanthus obovatus | Pau-de-leite, Angélica | Gentianales | Apocynaceae | -- |
Hymenaea stigonocarpa | Jatobá | Fabales | Fabaceae | -- |
Jacaranda praetermissa | Jacarandá | Lamiales | Bignoniaceae | -- |
Mauritia flexuosa | Buriti | Arecales | Arecaceae (Palmae) | -- |
Myracrodruon urundeuva | Aroeira | Sapindales | Anacardiaceae | -- |
Pouteria ramiflora | Abio-do-cerrado | Ericales | Sapotaceae | -- |
Pouteria torta | Maçaranduba | Ericales | Sapotaceae | -- |
Pseudobombax longiflorum | Embiruçú, Imbiruçú | Malvales | Bombacaceae | -- |
Psidium riparium | Goiabinha | Myrtales | Myrtaceae | -- |
Pterodon pubescens | Sucupira | Fabales | Fabaceae | -- |
Qualea parviflora | Pau-terra | Myrtales | Vochysiaceae | -- |
Sapium haematospermum | Sarã | Malpighiales | Euphorbiaceae | -- |
Sclerolobium paniculatum | Carvoeiro | Fabales | Fabaceae | -- |
Syagrus comosa | Catolé | Arecales | Arecaceae (Palmae) | -- |
Tabebuia aurea | Ipê-amarelo | Lamiales | Bignoniaceae | -- |
Tapirira guianensis | pau-pombo, camboatá | Sapindales | Anacardiaceae | -- |
Vochysia divergens | Cambará | Myrtales | Vochysiaceae | -- |
Xylopia aromatica | Pindaíba, pimenta-de-macaco | Magnoliales | Annonaceae | -- |
O MNAFTO faz fronteira com o Rio Tocantins à leste, para onde a maioria dos córregos da região deságua. As altitudes vão de aproximadamente 150m, na beira do rio, até mais de 300m à medida que se anda para o oeste, chegando a mais de 500m nas serras. A vegetação predominante na região é o cerrado, variando desde fisionomias mais abertas como campo sujo, passando por cerrado sentido restrito até cerrado denso e cerradão. Essas fisionomias ocorrem nas porções mais elevadas do terreno e onde o solo é geralmente pobre. Recortando essa paisagem, seguindo as linhas de drenagem, cresce uma vegetação com espécies associadas ao ambiente mais úmido. Quando ao longo desse ambiente cresce uma floresta, encontramos as matas de galeria. A maioria desses ambientes está associada a pequenos riachos, sendo que alguns podem secar durante a estação seca. A oeste do MNAFTO, acompanhando o Rio Tocantins, cresce um outro ambiente florestal, a mata ciliar. As matas secas (não associadas a cursos d’água) ocorrem em manchas ao longo da paisagem. Também incorporadas à paisagem estão as áreas antrópicas, principalmente as pastagens, com elementos remanescentes arbóreos da vegetação original.
O cerrado ocupa boa parte da Unidade, em locais onde o solo é mais pobre e rochoso, conhecido localmente como “morraria”. Nos locais mais planos, onde o solo é mais rico, chamado de “barraria”, cresce uma vegetação florestal mais desenvolvida, podendo ser constituída de mata seca, mata mesofítica ou cerradão.
Na área do MNAFTO, foram encontrados seis diferentes tipos de solos: Argissolos Vermelhos-Amarelos, Chernossolos Argilúvicos, Neossolos Litólicos, Neossolos Quartzarênicos, Neossolos Flúvicos e Latossolos Vermelhos-Amarelos, com predominância dos Neossolos Litólicos e Quartzarênicos. A seguir, são apresentadas as ordens e subordens de solos cartografadas (Anexo 06) e as suas principais limitações quanto ao uso. As análises químicas e físicas – apresentadas nas Tabela 6 e Tabela 7 – serviram de subsídio para a classificação dos solos, bem como para as considerações e discussões a respeito de cada unidade.
As unidades geológicas encontradas no Monumento Natural e ua zona de amortecimento pertencem a Bacia Intracratônica do Parnaíba. São elas as formações Piauí, Pedra de Fogo, Motuca, Sambaíba e Mosquito. Assentadas sobre algumas das litologias dessas formações encontram-se os sedimentos cenozóicos, cuja maior expressão cartográfica se dá nas margens do Rio Tocantins.
A Formação Piauí, segundo Dias-Brito e Castro (2005), a Formação Piauí consiste de dois intervalos de arenitos eólicos: (i) um com arenitos róseo com estratificações cruzadas apresentando marcas onduladas, e (ii) outro de arenitos com lâminas argilosas esverdeadas e nível ferruginoso. Esta unidade possui uma extensão reduzida e ocorre fora dos domínios do Monumento, na parte sudoeste da área estudada.
A Formação Pedra de Fogo, conforme Pinto e Sad (1986), chega a alcançar 115m na sub-bacia do rio Gameleira. Esta unidade para tais autores pode ser dividida em três membros: inferior, médio e superior. De acordo com Dias-Brito e Castro (2005), no nível inferior há dois sistemas, um carbonático e um dominantemente siliciclástico, ambos observáveis na sub-bacia do rio Gameleira. O sistema carbonático é dominado por dolomito, calcilutitos e bolsões siliciclásticos, ao passo que o sistema siliciclástico apresenta-se composto predominantemente por lamitos intercalados com bancos arenosos e mais raramente dolomito e silexito.
O nível médio-superior contém arenito ou ritmito dolomítico, pelito com níveis carbonático e silicoso, pelito síltico-argiloso, marga, dolomito, pelito e sílex, arenito calcífero e calcário, e calcilutito e sílex (DIAS-BRITO; CASTRO, 2005).
A Formação Motuca, para Pinto e Sad (1986) e Dias-Brito e Castro (2005), apresenta: (i) brecha rica em sílex e arenito recobrindo dolomitos com greta de contração; pelitos não-calcíferos, eventualmente apresentando vegetais fósseis, relacionados à planície de inundação ou lago; (iii) conglomerados e arenitos fluviais, estes últimos com grande quantidade de vegetais fósseis e comumente envolvendo diageneticamente os caules e troncos, e (iv) pelitos e arenitos, culminando com banco de silexito.
Nesta unidade são encontrados depósitos de gipsita, cujas jazidas estão posicionadas próximas às escarpas da Formação Sambaíba. Pinto e Sad (1986) mencionam que os depósitos de gipsitas estão inseridos no nível inferior da Formação Pedra de Fogo, mas isto a partir de dados obtidos de um poço distante mais de 100km a leste da área de estudo (VG-1R-MA).
A Formação Sambaíba é uma unidade que tem pouca espessura e é essencialmente arenosa. Ela é caracterizada por apresentar uma morfologia de “mesas” que se destaca pela sua topografia conspícua. Apresenta-se com pequenas extensões, sempre descontínuas. É uma unidade sedimentar bastante friável, portanto, sujeita à erosão se exposta, exceto nas áreas de interdigitamento com o derrame basáltico da Formação Mosquito, onde a rocha arenítica aparece recozida apresentando forte resistência às intempéries. As litologias dessa formação são arenitos finos a médios, bem selecionados, de cores vermelha, rósea e creme-esbranquiçada, normalmente friáveis, com grãos subangulosos a subarredondados. Estes sedimentos apresentam localmente estratificação planar cruzada de grande porte.
A Formação Mosquito tem uma composição litológica representada por basaltos maciços que apresentam estrutura esferoidal e amigdaloidal, cor cinza escuro a esverdeado. As amígdalas estão normalmente preenchidas por calcita, calcedônia, clorita e zeólitas. Aparece em contato com a Formação Sambaíba e vem sendo explorada comercialmente para a produção de brita, que é utilizada predominantemente para obras de pavimentação asfáltica.
A bacia de drenagem ou bacia hidrográfica funciona como um coletor das águas pluviais precipitadas no seu domínio, recolhendo-as e conduzindo-as através da rede fluvial como escoamento ao exutório da bacia, ou seção considerada. Nesse processo, o relevo, a forma, a rede de drenagem, a vegetação, a natureza do solo e o embasamento geológico da bacia são determinantes na relação espaço–temporal entre a chuva e a vazão resultante nos cursos d´água (DA SILVA, 2002).
O mapa do Anexo 07 mostra o complexo de sub-bacias hidrográficas de terceira ordem que integram a área do Monumento Natural e seu entorno. Vale salientar que, apesar de suas mais variadas formas, as alongadas são fortemente predominantes com média geral de 0,30. A forma da bacia influi fortemente no regime de escoamento do seu curso d´água principal e, portanto, na resposta da bacia aos impulsos ou estímulos da chuva. A bacia sendo estreita e alongada, o seu tempo de concentração será maior. Assim, interpreta-se, para o caso em questão, que, sem considerar a influência de outros fatores, as bacias que compõem o Monumento estariam não muito sujeitas às enchentes.
Uma boa noção do grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem é dada pelo índice denominado de densidade de drenagem. Este índice aumenta proporcionalmente conforme a extensão da rede de drenagem, afora outras dependências como resistência a erosão do solo, permeabilidade e cobertura vegetal da bacia, fornece uma indicação da eficiência da drenagem da bacia, Para caso em estudo, a média foi de 1,11 km/km2, o que significa uma drenagem na faixa de razoável a média.
De acordo com sua capacidade de gerar escoamento superficial das águas precipitadas, outro parâmetro que caracteriza a bacia é a extensão superficial média (ESM). Definido como a média das distâncias percorridas pelo escoamento até atingir o curso d’água. Quanto menos o valor de ESM, mais rapidamente as águas pluviais atingirão as calhas fluviais, diminuindo o período de infiltração e aumentando a parcela relativa ao escoamento superficial. Em termos médio, o valor obtido para a área de influencia direta foi em torno de 0,41 km.
O mapa do Anexo 08 mostra, de forma relativamente clara, a distribuição dos canais para a região em questão. Nela, pode-se ter razoável idéia, embora visual, de vários parâmetros que caracterizam uma bacia hidrográfica, tais como: densidade de drenagem, número de cursos d’água, sinuosidade, área, perímetro, entre outros que são apresentados no Anexo 09.
A declividade dos terrenos de uma bacia hidrográfica controla em boa parte a velocidade com que se dá o escoamento superficial afetando, ou seja, o tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que constituem a rede de drenagem. A magnitude dos picos de enchente e a maior ou menor capacidade de infiltração e susceptibilidade para erosão dos solos dependem da rapidez com que ocorre o escoamento sobre o terreno da bacia (VILLELA e MATOS, 1975). A declividade media da área de estudo é de 0,0362 m/m.
O Anexo 10 mostra a fisiografia das sub-bacias do sistema hidrográfico do Tocantins na área do Monumento Natural e seu entorno. A altitude mínima foi de 179,13m e a máxima de 337,41m, o que reflete numa amplitude altimétrica de 158,28m.
A sinuosidade de um curso d’água, assim como a declividade, é um fator controlador da velocidade do escoamento, que para o caso em estudo o valor foi de 1,26, o que mostra que quase não existe, em termos médios, sinuosidade para os cursos analisados.
A Figura 25 e a Figura 26 exibem alguns dos caudais do Monumento Natural e suas vazões estimadas em campo por método expedito.
A área em estudo apresenta duas estações, bem definidas, a seca e a chuvosa, que de acordo com (ALMEIDA, 1999), destaca-se pela longa estação chuvosa com duração de 30 semanas (compreendida entre 22 a 30/setembro e 01 a 07/maio), e a estação úmida com apenas 15 semanas de duração (15 a 21/dezembro e 01 a 07/abril).
A precipitação total média anual da região do Monumento situa-se em torno 1800mm anuais (Tabela 11). O trimestre mais chuvoso ocorre nos meses de janeiro – fevereiro – março, com percentual superior a 48% do total médio anual, coincidem com o período de verão e inicio de outono, época de maior domínio da expansão da mEc. A estação chuvosa que tem inicio no mês de outubro (primavera) e se prolonga até o mês de abril (outono) concentra mais de 91% do total médio anual. A porcentagem da precipitação anual que ocorre no trimestre menos chuvoso, junho – julho – agosto, é inferior a 1% (MACIEL, 2005).
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