Governo do Tocantins mantém operação de combate às queimadas, monitoramento e controle de focos de fogo no Estado

Na região do Cantão, a operação de combate aos incêndios florestais foi concluída na sexta-feira, 25

Nesta quarta-feira, 30, o Governo do Tocantins informa que as operações de combate aos incêndios florestais, no Estado, veem se mantendo sob controle, bem como o monitoramento dos focos de fogo em áreas próximas as unidades de conservação, durante o período de estiagem, com a logística integrada de equipes de fiscalização, monitoramento e combate queimadas ilegais.

De acordo com o balanço do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) as operações conjuntas têm alcançado resultados exitosos, evitando maiores prejuízos, apesar dos impactos ambientais e materiais que os incêndios geralmente deixam nas áreas por onde passam.

No Parque Estadual do Cantão (PEC), os incêndios foram controlados.  Há seis dias não ocorre nenhum foco dentro do Parque. Durante o período de combate foram enviados 50 homens do Exército. Além das brigadas do Naturatins, também foram usadas aeronaves do Exército, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer-TO) e da Polícia Militar.

“No Parque do Cantão os brigadistas estão de prontidão fazendo monitoramento diário. Com o controle dos focos de fogo, não houve necessidade de se enviar mais homens das Forças Armadas. Surgiram dois focos de incêndios fora do Parque, mas foram rapidamente combatidos e devido ao trabalho de manejo realizado neste ano com os brigadistas, reduzimos em 50% os incêndios nas unidades de conservação, comparando com anos anteriores”, destacou Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.

“Na região do Cantão, a operação de combate aos incêndios florestais foi concluída na sexta-feira, 25. Nós contamos com o apoio de brigadistas do PEL [Parque Estadual do Lajeado], da Sede do Naturatins, do Exército com seu helicóptero e ainda com a aeronave da Polícia Militar do Tocantins. Durante esse período estabelecemos uma logística com dois pontos de apoio. A operação conjunta foi efetiva, tudo correu bem e atualmente não temos nenhum foco de fogo dentro do Parque”, destacou Adailton Glória, supervisor do PEC.

Brigada permanente

Neste ano, os focos de fogo ameaçou a área do Parque Estadual do Lajeado (PEL), próximo às mangabeiras, entre a TO-020 e TO-030, onde as equipes atuaram para contenção dos focos e monitoramento. Na região da Serra existem três focos de incêndios, no distrito de Taquaruçu, Taquaruçu Grande e Buritirana. Outros dois estão próximos da Área de Proteção Ambiental (APA Serra do Lajeado). Todos estão sendo combatidos pela brigada permanente da unidade, pela brigada municipal de Lajeado, pelos Bombeiros Militares e outros parceiros como o Exército Brasileiro.

“Nos últimos dias, nas áreas próximas ao Parque Estadual do Lajeado, brigadistas do Naturatins, equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Exército atuam de forma conjunta para evitar a propagação do fogo e o impacto na unidade. As chuvas ajudaram muito. No início pensamos que poderia ter um efeito complicador, porque algumas pessoas esperam esse momento para colocar o fogo. Mas com a fiscalização integrada, conseguimos reduzir bastante o número de focos”, afirmou Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.

Manejo Integrado do Fogo

Na Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado (APASL), atualmente os brigadistas estão realizando o monitoramento de toda a unidade de conservação e o combate de focos na região Norte da APA. Na parte Sul todos os focos foram combatidos e até esta data não há novas ocorrências. A unidade de conservação de uso sustentável busca atender todos os chamados e tem obtido sucesso na maior parte dos casos.

A supervisora da APA Serra do Lajeado, Camilla Muniz conta que este ano com a equipe de brigada permanente, o trabalho de conscientização e prevenção aos incêndios é contínuo. Ela disse que no período chuvoso ocorrem diálogos e planejamento para emprego do Manejo Integrado do Fogo (MIF) tão logo inicie a seca.

“Neste ano, por conta da pandemia da Covid-19 suspendemos o trabalho presencial e mantivemos este contato via aplicativo de mensagem. Entre os meses de abril e meados de julho foram realizadas as queimas prescritas de forma a diminuir o material combustível, cortar o caminho do fogo e evitar grandes incêndios”, explicou Camilla.

A supervisora considera que atualmente essas áreas que foram queimadas meses atrás estão servindo como local seguro e trazendo efetividade aos combates. “Apesar de termos a sensação de que tudo está queimando, esse trabalho preventivo já trás resultados, uma vez que os incêndios da APASL entre 10 de julho e 29 de setembro reduziram pela metade em relação a 2019”, relata.

No momento não há incêndios florestais no Parque Estadual do Jalapão (PEJ). Do mês de julho a setembro deste ano foram realizados 15 combates e na Área de Proteção Ambiental do Jalapão (APA do Jalapão) houve 14 operações. Segundo relatório, os focos foram controlados rapidamente e o monitoramento está sendo mantido diariamente.

Comunitários

“Os focos que estão aparecendo estão sendo combatidos. Estamos mantendo o monitoramento diário com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, além das rondas da brigada e do apoio dos comunitários que avisam sempre que surge um incêndio. Recentemente recebemos a visita do Exército Brasileiro para reconhecimento das áreas suscetíveis a incêndios. Estamos monitorando os campos de capim dourado para acompanhar a produção e avaliar junto aos comunitários as áreas de coleta que foram atingidas pelo fogo”, pontuou Rejane Ferreira Nunes, supervisora da APA do Jalapão.

No Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf) não ocorreu nenhum foco de incêndio dentro da unidade de conservação, em razão dos aceiros  realizados. Na zona de amortecimento do Monaf ocorreu cerca de 10 queimadas, que foram combatidas por meio das brigadas do Naturatins e dos proprietários rurais. Nesta região ocorreram duas chuvas e nos últimos seis dias não houve chamadas.

“De 30 de agosto até a presente data foram identificados 10 focos de fogo nas proximidades da unidade de conservação. Foram mais de 30 dias percorrendo toda a área, para evitar que o fogo adentrasse no interior da unidade. Tivemos bastante apoio da comunidade, dos proprietários rurais e da brigada do Naturatins. Alcançamos êxito em todas as operações, apesar do impacto ambiental e de algum prejuízo material que o fogo deixa nas propriedades”, relatou Hermísio Alecrim, supervisor do Monaf.

“Neste ano evidencia-se a conscientização dos residentes do interior do Monaf, que optaram por não queimar ou fazer somente o uso do fogo com segurança, em sua maioria. Acredito que esse seja o resultado de nossas rodas de conversas, onde realizamos a sensibilização. Não tivemos nenhum registro de grande incêndio, esse fato sinaliza que os residentes estão mais conscientes que a queimada é ruim e este é um ponto positivo”, concluiu o supervisor do Monaf.