1º de Novembro - Dia Nacional da Espeleologia

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Nesta terça-feira, 3, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) lembra que no domingo, 1º, foi o Dia Nacional da Espeleologia. A Espeleologia é a ciência que estuda cavidades naturais, cavernas e grutas naturais. De acordo com os registros, em sua maioria são ecossistemas frágeis, delicados e em grande parte formado pela dissolução de rochas calcárias ao longo do tempo geológico, por ação de rios e variações de nível em lençóis freáticos, tendo entre suas formas mais recorrentes, canais horizontais/verticais, ao longo de fraturas e estruturas irregulares nas rochas.

Os estudos sobre esses ecossistemas apontam que frequentemente abrigam fauna e flora típicas; podendo ainda ser jazigos fossilíferos, ou ter servido como abrigo a homens pré-históricos. Nesse último caso, a constatação ocorre quando são identificados, vestígios de antigas fogueiras, ferramentas, ornamentos e pinturas.

A conservação desse tipo de patrimônio natural é levada em conta no processo de licenciamento ambiental de empreendimentos de médio e grande porte como, por exemplo, linhas de transmissão e rodovias. Em 2019, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) recebeu o professor e doutor Fernando de Morais do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), para ministrar conceitos básicos dessa especialidade à equipe técnica de análise de licenciamento ambiental do Estado.

Os espeleólogos buscam conhecer e estudar a formação geológica das cavernas, o meio ambiente onde estão inseridas, as formas de vida que as habitam, as características e as formas de preservação, se utilizando de conhecimentos de áreas como a Geologia, Geografia, Biologia, Ecologia, entre outras. Além de informações científicas que podem ser analisadas do ponto de vista arqueológico, as cavernas também podem ser exploradas do ponto de vista turístico e cultural, a partir do geoturismo.

Os espeleotemas são formações rochosas originadas pela dissolução de minerais e sua recristalização em níveis inferiores no teto, paredes e chão das cavernas. São elas, a estalactites, que se formam por gotejamento por meio de fendas ou furos no teto; e as estalagmites, que formam de modo similar, a partir do sal que ainda ficou na gota quando esta caiu no chão.

Conforme as características apresentadas, esses ecossistemas são classificados como; abrigo, uma cavidade de pequeno comprimento e grande abertura que pode ser usada como guarita por animais ou pessoas; toca, uma caverna com grande abertura, desenvolvimento horizontal menor que 20 metros e uma única entrada; gruta/lapa, uma caverna também predominantemente horizontal, mas com mais de 20 metros de comprimento, podendo ter desníveis internos e salões; fosso, uma caverna predominantemente vertical, com grande abertura e desnível inferior a 10 metros; e abismo, uma caverna também predominantemente vertical, mas com desnível maior que 10 metros.

(Com informações de www.minasjr.com.br/espeleologia)