Naturatins capacita vigilantes ambientais em visita à colônia de pescadores

Naturatins em parceria com a Embrapa – Pesca e Aquicultura conclui mais uma semana de visitas técnicas às colônias de pesca

Conforme vem sendo divulgado em diferentes canais de comunicação, os efeitos das mudanças climáticas, a sensibilização de que os recursos ambientais não são inesgotáveis, que há uma necessidade de preservação ambiental, de manutenção do equilíbrio dos ecossistemas e da relação do homem com o meio ambiente, vêm sendo sentida de forma acentuada, no ano de 2016, pela população mundial.

Nesta sexta-feira, 16, a equipe de educação ambiental do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) em parceria com o projeto Conhecimento e Adaptação Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Artesanal do Rio Araguaia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa – Pesca e Aquicultura) conclui mais uma semana de visitas técnicas às colônias de pesca.

Desta vez, as equipes foram recebidas pela comunidade de Garimpinho em Araguaína e no município de Pau D’arco. Entre as atividades realizadas, os participantes receberam a capacitação da oficina para Formação de Multiplicadores em Educação para Sustentabilidade, com a formação de Vigilantes Ambientais Voluntários, ministrada pela equipe técnica de Educação Ambiental do Naturatins.

De acordo com o superintendente de Gestão Ambiental do Naturatins, Natal César, levar constantemente a informação, a orientação e a capacitação ao cidadão são alguns dos meio que as instituições dispõem para esclarecer que o objetivo do monitoramento e fiscalização dos órgãos ambientais é colaborar para a manutenção do controle dos índices de utilização suportáveis, em cada biodiversidade. “Essa missão não cabe somente aos órgãos ambientais e não será cumprida sem a colaboração de todos. Não há como as equipes protegerem sozinhas, todo o meio ambiente. Uma missão dessa grandeza só pode ser cumprida com a sensibilização dos cidadãos mais resistentes. E esgotados todos os recursos, é preciso estar consciente que são famílias que estarão sem suas fontes de sobrevivência”, destacou.  

A consciência de que os órgãos ambientais possuem suas limitações e vem alcançando resultados pelo comprometimento e esforço humano de equipes com o bem estar coletivo, cresce cada vez mais. Isso vem sendo percebido nas diferentes formas e meios de manifestação de indignação popular contra as ações inconsequentes de pessoas que insistem em não se proporem a uma mudança de comportamento, ainda que temporária, para colaborarem com a realidade da população diante da situação do clima. “Os reflexos vem sendo sentidos, não só na questão da exploração da pesca, mas podemos observar nas consequências do uso desordenado da água, do fogo, no desequilíbrio de cadeias alimentares, com a extinção de espécies e muitos outros fatores”, complementou o Superintendente, ao se referir à impossibilidade dos órgãos fiscalizarem todos os pontos do Estado, ininterruptamente e simultaneamente.

A importância do papel da educação ambiental, das parcerias institucionais, do envolvimento das comunidades e comprometimento da população em geral começa a ser compreendida com muito mais interesse. Segundo a educadora ambiental do Instituto, Nelma Souza Mota, os órgãos ambientais começam a ser vistos com outros olhos. “Em diálogos com essas comunidades, começamos a perceber que eles estão começando a compreender a nossa preocupação com o bem estar coletivo e que precisamos contar com a colaboração de todos”, avaliou.

A pescadora e secretária da colônia de pescadores de Garimpinho, Selma Vieira dos Santos, falou da importância do Naturatins e dos órgãos ambientais, para o grupo e para ela como profissional dessa atividade. “O Naturatins com esse trabalho em parceria com a Embrapa, vem ao encontro com a necessidade de preservação do meio ambiente, com orientações em relação ao descaso com o lixo, da questão da pesca predatória, enfim é de muita importância. Antes, nós víamos o Naturatins como um órgão para punir os pescadores, mas agora com esse trabalho que é desenvolvido de educação ambiental, nós descobrimos hoje que o Naturatins está para ajudar a gente, a preservar o rio, como a gente se reeducar mesmo sobre o lixo, sobre as espécies. Então estou muito feliz de conhecer uma parte do Naturatins, que eu não conhecia e de saber que a gente pode contar com o Naturatins para resolver qualquer problema que a gente tiver, em situação que o Naturatins possa resolver para nós”, declarou.

Nesse 2º semestre, a agenda da equipe de educação ambiental do Naturatins prevê visitas a cerca de mais de 9 municípios com ações voltadas para sensibilização, como a questão da vigilância voluntária, o planejamento da educação ambiental nas unidades de conservação, que também incluiu a implantação do protocolo do fogo no interior do Estado, até o final do mês de agosto passado.

Projeto

O projeto Conhecimento e Adaptação Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Artesanal do Rio Araguaia de iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa – Pesca e Aquicultura), conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) para acesso as comunidades indígenas e também com a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio).